segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Suspeitos do costume

Chegaram-nos vários e-mails relativos as injustiças sofridas neste Domingo, com isso, resolvemos publicar este testemunho, como forma de evidenciarmos o sinal da nossa revolta:

“Estava mais ou menos a meio da fila para entrar, e entretanto formou-se um cordão mesmo a minha frente, separando assim a fila em duas. A revista era feita a conta gotas, e depois de termos chegado com tempo suficiente para dar vazão aquele pessoal, reparamos que havia pessoas que pareciam que gozavam connosco, com a forma como faziam a revista, até as sapatilhas eram exigidas que se tirassem. É lógico que o pessoal começou a revoltar-se, ninguém gosta de pagar por uma coisa, e só poder usufruir de metade do espectáculo. A medida que o jogo ia decorrendo, cá fora as coisas iam aquecendo. Houve empurrões, na qual a policia respondeu prontamente com na mesma moeda, acompanhadas de bastonada. Insultos e provocações foram uma constante. Face a isto, decidi filmar o sucedido. Após breve segundos de filmagens, um dito “comandante”, agarrou-me num braço, e transportou-me para trás das carrinhas. Aí fui prontamente agredido por dois agentes, e consequentes ataques verbais. “O que fiz”? Perguntei eu. “Tas a filmar esta merda por alma de quem caralho…? Queres meter no youtube é? Põem-te fino, olha que ainda danças mais” Face a estas intimidações, e estando rodeado por cinco polícias, a minha atitude não foi para além de exigir explicações para tal actos. Não podes andar com máquina fotográfica. - Desde quando? Perguntei, - desde que mando aqui, e acabou-se a conversa. Eu disse-lhe, - sr. Guarda quem não deve não teme. Dito isto, logo uma bastonada, retira-me o cartão de memória da máquina, e esmaga-o a minha frente. Arrasta-me até uma porta de entrada, e manda-me aguardar. O que fazemos com este, já lhe fodi as fotos, - Deixa-o ir que eu hoje estou bem-disposto. Saí de lá, e de imediato foi invadido pelo sentimento de revolta, porque isto? Eles podem-nos fazer tudo o que querem, e nós nem sequer podermos esboçar umas meras palavras? Entrei dentro do estádio já no intervalo, mas apenas o motivo de o Benfica estar a frente do resultado, fez com que o meu ânimo muda-se de figura. Hoje mais bem reflectido, penso que deveria ter confrontado mais aqueles grandessíssimos… mas na altura… Voçes sabem. Escrevo para que outros que passem pelo mesmo, não se calem, isto não pode continuar, temos que por um ponto final. Isto depende de mim, depende e de ti, depende da nossa força de união para lutarmos contra isto.”
Anónimo.

O outro sinal de revolta vai direitinho as altas patentes, vocês sabem quem são. Depois de vários dias de trabalho, e muitas horas despendidas com a realização de uma tarja, foi-nos negada a entrada da mesma. Motivo: “é bastante explícito o sentido provocatório da frase”. Encontrem a provocação nesta frase: “O norte tem mais encanto, vestido de vermelho e branco”; é que sinceramente eu não encontro nada de conteúdo provocatório. Mas como é costume dizer, cada um retira as suas conclusões.

5 comentários:

  1. Nesses casos o ideal é pedir o nome e a patente ao agente. Eles sao obrigados por lei a fazê-lo. Assim sempre ficas com a identificaçao para uma futura queixa. Claro que easier said then done porque numa situaçao dessas o agente tem a faca e o queixo na mao mas pelo menos se mostrars que sabes os teus direitos e, mais importante, que conheces as obrigaçoes deles, ele talvez se retraia com receio de ser identificado futuramente.

    ResponderExcluir
  2. Joe, isso foi feito. Sabes qual foi a resposta? Aqui não tens direitos.

    ResponderExcluir
  3. joe eles começavama ameaçarnos dar bastonadas sem nos fazer-mos nada.

    ResponderExcluir
  4. uma vergonha,eu por acaso agora que li vi bem quem era e a forma como o trataram.so nao vi mais dps de o levarem para a carrinha.estas merdas nao podem passar em claro,FILHOS DA PUTA DA MOINA.FORÇA BENFICA

    ResponderExcluir
  5. joe não é assim tão simples, bem sei que a lei diz isso, mas quando são os proprios agentes a furar essa lei.
    E a lei varia de estadio para estadio, e de cidade para cidade.
    Embora não partilhe as vossas cores, sei bem o que esse rapaz deve ter passado, pois ja passei pelo mesmo na luz e estava lá so a ver o jogo, pois nem era o meu clube.

    Terrace

    ResponderExcluir