quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dar voz aos nucleos | Castelo de Paiva


A nossa História não é tão vasta como a do próprio grupo, mas é repleta de acontecimentos que vão construindo pedaços da vida dos Diabos. O núcleo propriamente dito foi reconhecido oficialmente em 2004, não quer dizer com isso que os membros do mesmo não acompanhassem o clube, e o próprio grupo antes dessa data. Aliás contamos com alguns membros que são já da “velha guarda”, que vão conservando os velhos costumes e velhas maneiras, impondo sempre no grupo uma postura interventiva, impondo valores fundamentais do ser ultra. A nível estrutural estamos organizados em vários “departamentos” que em diferentes áreas mantêm o recrutamento, a actualização da informação, e eventos com a dinâmica necessária para o bom funcionamento e evolução do núcleo. O ano de 2004 propriamente dito, foi a rampa de lançamento do núcleo, aqui começou-se a traçar a verdadeira identidade do núcleo, deslocações ao Norte tornaram-se numerosas com o passar do tempo, e as transfertas de bus para aos derby’s caseiros, foram essenciais para a auto-afirmação no seio do grupo. Contrariando isso, as viagens a Lisboa sempre foram um problema constante, ainda hoje nos deparamos com o semelhante. A longevidade, as horas inadequadas dos jogos, os preços exorbitantes… Impossibilitam e muito as nossas deslocações ao reduto da Luz. Mesmo assim sempre que podemos, sejam grandes ou pequenos jogos, faça chuva ou sol, fazemos tudo para apoiar o clube dos nossos corações, independentemente da modalidade a representar. Em 2005, ano em que o Benfica foi campeão, era tempo de nos afirmarmos no seio do grupo, material foi feito, faixa, estandartes, pequenas bandeiras. Jantares e convívios deram os seus primeiros passos, o que se viriam a tornar essencial para a união do Grupo. Viagens como a Leiria, Aveiro, Guimarães, Braga, Coimbra… Tiveram uma aderência de realce, face a inexperiência, pois contávamos apenas com um ano de existência. Nesse mesmo ano verificou-se um período negro no seio dos Diabos, o abandono de núcleos com peso, entre outras situações que nos passaram ao lado. Em particular, o jogo do Bessa, em que nos sagramos campeões, ficará eternamente marcado na nossa memória, bancada totalmente lotada, com apoio constante e frenético, foi o impulsionador nesta conquista, após um longo jejum. Na minha opinião esse jogo realçou a nossa força e união. No ano seguinte, em 2006, iniciamos a defesa do título com toda a força, a organização para os ditos jogos “pequenos”, teve um papel preponderante no nosso ponto de vista, o grupo tinha uma boa aderência nos jogos contra os grandes, enquanto que nos pequenos deixava um pouco, notava-se uma clara falta de mentalidade. O tempo foi passando, e com a vida pessoal de cada um dificultada, o grupo chega a 2009 com uma força mínima, e poucos são aqueles que seguem exaustivamente o Benfica. O reaparecimento dos D.V Norte no ano de 2008, veio colmatar a desunião, e a desorganização dos núcleos do Norte, na qual, nós prontamente nos unimos, e permanecemos ligados a esta “nova” família. Hoje em dia vê-se com muito menos realce o núcleo, mas uma coisa podem ter a certeza, embora poucos, eles continuam lá, e com a mesma força de sempre. Muda o nome, prevalecem os valores.