Naval vs Benfica (Crónica)
Um excelente dia para uma bela transferta, tempo quentinho, a pedir sempre a companhia de uma loura. Ao contrário do que tinha sido combinado, a concentração se pode concretizar, devido aos sucessivos atrasos, sendo esta transferida para a tasca já ao pé do estádio. Depois de umas boas bifanas, bem regadas, lá nos dirigimos para as entradas. Embora houvesse largas filas, a demora foi breve. O único problema posto, foi a entrada exclusiva a material alusivo ao Benfica, mas com mais ou menos sorte/engenho, o material lá foi entrando. Recorde de assistências naquele estádio. Oito mil pessoas compuseram o estádio municipal José Bento Pessoa, “maioria absoluta” de sócios e simpatizantes do S.L.B. Na nossa curva, ao contrário de anos anteriores, ficou muito bem composta, com a ajuda do colorido de algumas bandeiras, acompanhadas pelas já habituais tochas. Logo aos dois minutos, na sequência de um livre, Reyes bateu longo para a área, Diego aliviou mal, e Aimar atirou para golo. Loucura no estádio, ainda gente entrava, e o Benfica já estava a frente do resultado. Na bancada os habituais cânticos, contrastando com uma, ou outra “novidade”, que é bom que se diga que pegou bem na curva. A primeira parte contou com vários “picos”, mas o apoio foi sempre constante. A segunda parte começa com um hastear de bandeiras, dando um colorido especial a bancada, o forte vento que se fazia sentir na Figueira, fazia com que desfraldassem ao sabor do vento, sem o menor esforço. As bandeirinhas são para continuar a levar pessoal, é uma boa imagem de marca. O apoio na segunda parte foi muito mais audível, tendo momentos muito bons. A animação, e o companheirismo foram evidentes, é urgente trazer novamente alegria a curva. Os habituais morches despertam os distraídos, e serve de mote ao que toca a diversão. Enquanto se entoava o novíssimo cântico: “…não paramos de cantar”; O Benfica sofre o golo do empate, mas os Ultras não desarmam, e aumentam o tom ao apoio. “É agora que eles precisam de nós, bora lá”. Muito bom mesmo, a mentalidade foi evidenciada. Reyes bateu para o segundo poste, Miguel Vítor tocou de cabeça para o outro lado e Katsouranis empurrou para a baliza. O Benfica reagia bem quando mais precisava. Curiosidades: feitas as contas, o mágico sumou a primeira vitória fora de casa em três meses e somaram também a segunda vitória consecutiva pela primeira vez desde Novembro. É certo que se fartou de sofrer e fez um jogo a maior parte do tempo sofrível, mas são indicadores que estamos a subir de nível em direcção ao título. O jogo termina, e os parabéns são cantados ao Glorioso, pelos seus 105 anos de conquistas e glórias. Por fim tiramos algumas fotos com a “turma” toda, junto do nosso novo pano, modéstia a parte, ficou porreiro. Obrigado a todos aqueles que contribuíram financeiramente. Uma palavra de apresso, para os familiares e amigos de Adriano Afonso, que dirigiu a AG do Benfica entre 1977 e 1980, um obrigado pelo seu exemplo, dedicação e integridade.